FERNANDO LUÍS DE AZEVEDO E SILVA

Pseudónimo FLAS Ndombe, nasceu a 20 de Setembro de 1959, em Caxito, província do Bengo, e aos 3 anos veio a Luanda onde frequentou o ensino primário e secundário. Em 1974, frequentou o Liceu Paulo Dias de Novais, e na sequência da paralisação das aulas, no ensino público, entre 1974 a 1975, foi obrigado a matricular-se num colégio privado, tendo frequentado a secção de Ciências do 5.º Ano. Entretanto, acaba por suspender e enquadra-se nas FAPLAS, onde chega a exercer o cargo de Comissário Político de Gupo, equivalente a batalhão na FAPA-DAA, com os seus 17 anos de idade Na sequência dos acontecimentos do 27 de Maio de 1977, é detido em Agosto deste mesmo ano e solto em Março de 1980, depois de ter escapado milagrosamente à morte, já que constava da lista das 300 vítimas executadas a 23 de Março de 1978, a mesma sorte não teve o seu irmão mais velho, que consta entre as vítimas do 27 de Maio. Depois da soltura dá continuidade aos seus estudos e matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, onde obteve o grau de Licenciado em Direito em 1989.

Em 2007, concluiu o Mestrado em Ciências Jurídica-Civilísticas, pela Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, no âmbito do convénio com a Universidade de Coimbra. Entretanto, posto em liberdade, dá continuidade às acções políticas, participando na criação da Frente de Restauração Democrática (FRED), que mais tarde dilui-se no Movimento Revolucionário do 27 de Maio, fundado por Nito Alves, após o fracasso da insurreição do 27 de Maio. Este movimento revolucionário chegou a ter uma célula clandestina na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto. Em 1991, por força da institucionalização da democracia multipartidária, participa na fundação do Partido Renovador Democrático (PRD). Em 1992, a convite do malogrado escritor Sílvio Peixoto, presidiu ao contencioso da SADIA (Sociedade Angola de Direitos de Autores), posteriormente em 2012, torna-se vice-presidente da mesma instituição. No ano de 1996, foi secretário-geral adjunto da Sociedade Angolana de Escritores, que apesar da duração fugaz, teve o condão de publicar algumas dezenas de obras literárias, o que constitui maior manifestação, embora que simbólica da sua existência. O autor publicou dezenas de ensaios de natureza política e/ou jurídica e sobre Direito do Trabalho e Direito de Autor nos jornais Correio da Semana, Renovador, Jornal de Angola, Jornal Independente e nas revistas Magazine dos Desmobilizados e da SADIA. Dentre as obras publicadas, destacam-se: Risos diluídos, poesia, 1994; Postal erótico, poesia, 1995; Parafraseando Cristo, poesia e sátira, 2003; A tara de Matondo, contos, 2005; O Maria Lixívia, novela, 2006; Massoxi (o impotente), conto, 2007; O Violador de Cadáver, contos, 2009 (A obra vendeu 66 mil exemplares, em Angola, Portugal, Brasil e Moçambique). Em 2008 publicou a obra académica intitulada “Direito de Autor e Responsabilidade Civil”, que consta na galéria dos autores de Direito da Universidade Agostinho Neto na Faculdade de Direito. Exerceu advocacia durante mais de 20 anos, sendo titular da Cédula Profissional n.º 89. Actualmente, sem filiação partidária, dedica-se apenas à investigação.

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